Reflorestamento

REFLORESTAMENTO
DE QUALIDADE

COM mudas de eucalipto OU pinus

Saiba como preparar
o solo para Reflorestamento

Sempre quando a área que será utilizada para a implantação da floresta de pinus ou eucalipto encontrar-se “suja”, torna-se necessário a limpeza prévia da área com a aplicação de herbicidas ou roçadas, sendo o primeiro mais eficiente e barato.

Quando a floresta a ser implantada é de eucalipto, deve-se manter a área livre de ervas – daninhas, pois o eucalipto é extremamente sensível a competição com invasoras,podendo até ser suprimido pelas “invasoras”. A limpeza de áreas de eucalipto deve ser mantida pelo menos por um ano, para que o mesmo possa se desenvolver livre de competição, quando mantido o eucalipto limpo por este tempo obtém-se uma floresta uniforme e com alto grau de “pegamento” das mudas.

O combate a formigas deve ser realizado em toda a área que será realizado o plantio da floresta e também em até 50 metros além das divisas da área a ser plantada, de forma que as formigas não venham de outras áreas atacar as mudas recém plantadas.

O combate a formigas é composto de 3 fases distintas: O combate inicial, o repasse e a ronda. O combate inicial é realizado em toda a área a ser plantada e numa faixa de 200 metros de largura ao redor de toda área de plantio. Esta operação tem sido mais eficiente quando realizado após a limpeza da área, mas antes do revolvimento do solo.

O repasse é a operação que visa combater os formigueiros que não foram totalmente extintos no combate inicial, bem como aqueles que não foram localizados na primeira operação. O repasse é feito, no mínimo, 30 dias após o combate inicial, antes do plantio em toda a área.

A ronda é a operação de combate ás formigas realizadas durante todo o período de formação e maturação do povoamento florestal. A ronda é uma operação constante até os 4 meses de idade da floresta e depois, normalmente, a cada 6 meses, visando evitar a proliferação dos formigueiros. O combate à formigas deve ser realizado pelo menos até um ano de idade da floresta.

O preparo do solo tem grande importância no desenvolvimento da floresta, pois quando realizado facilita o desenvolvimento das árvores e diminui o gasto com limpeza de área e controle de formigas.

O preparo é realizado para melhorar as condições fésicas do solo; eliminar plantas indesejáveis; promover o armazenamento de água no solo; eliminar camadas compactadas; incorporar calcário, fertilizantes e restos de culturas, e fazer o nivelamento do solo, facilitando o trabalho durante o plantio, a manutenção e a exploração da floresta.

A presença de camadas compactadas impede o desenvolvimento normal das raézes, prejudicando muito o crescimento normal das plantas. Quando a camada compactada está a uma profundidade de 15 a 30 centémetros, usa-se a escarificação e, abaixo, a subsolagem.

Algumas empresas vêm utilizando o sistema de cultivo ménimo, independentemente da topografia e do tipo de solo. Esse cultivo ménimo envolve desde o revolvimento do solo de uma faixa de 1 metro de largura até o preparo de apenas um sulco para o plantio.

A decisão sobre qual espaçamento utilizar é de grande importância e exige do silvicultor um estudo criterioso, sendo necessário amplo conhecimento dos fatores relacionados com o problema. Neste aspecto, o silvicultor deve levar em consideração os fatores silviculturais, tecnológicos e econômicos.

O melhor espaçamento é aquele que produz o máximo de madeira, em tamanho, forma e qualidade, com o menor custo.

árvores plantadas em espaçamentos amplos crescem mais rapidamente que as plantadas em espaçamentos estreitos, sendo que, a uma determinada idade, elas terão maior diâmetro, galhos mais grossos, maior conicidade do fuste e copas mais extensas que árvores em plantações mais adensadas.

Dentro dos limites usuais de plantio, o espaçamento não afeta o crescimento em altura das plantas, mas afeta significativamente o crescimento em diâmetro.

A qualidade do sítio e o espaçamento influem decisivamente na produção florestal. Ambos estão bastante correlacionados, pois, para uma mesma espécie, a escolha do espaçamento inicial está em função do sítio.

Após alguns anos de crescimento da floresta, as plantas entram em competição por água, luz e nutrientes, que é agravada pelos espaçamentos mais estreitos. Portanto, é esperado que os fatores abióticos do sítio (climáticos, edáficos e fisiográficos) devam ter suas influências na escolha do espaçamento. Locais mais secos e/ou com solos de baixa fertilidade apresentam tendências de suporte a um número menor de plantas por área, que os locais mais úmidos e férteis, ou seja, há uma área basal máxima para cada sítio.

No Brasil, ainda está bastante indefinida a melhor densidade de plantio para as espécies florestais, sendo que cada empresa define o seu espaçamento sem muita base científica.

A grande maioria dos plantios florestais, no Brasil, segue o espaçamento 3 x 2 metros para o plantio a partir de sementes e o plantio de 3 x 3 metros para o plantio de clones.

O primeiro passo a ser dado, quando da decisão de um projeto de reflorestamento, é a definição da espécie florestal a ser plantada. Neste aspecto, três pontos são considerados de vital importância, ou seja, o objetivo da produção ou o uso futuro da floresta, as condições de clima e as condições de solo da região a ser reflorestada.

Quando o objetivo é a obtenção de madeira ou outros produtos florestais, com o maior retorno econômico possível, deve-se levar em consideração, quando da escolha da espécie, os seguintes pontos:

  • custo inicial de plantio
  • custo de manutenção;
  • retorno possível com a aplicação de desbastes, se for o caso
  • período de tempo decorrido entre a implantação e a colheita
  • e valor da madeira ou do produto colhido quando a floresta estiver madura.

A implantação de uma floresta pode ter os mais variados fins. Nesse sentido procurou-se separar as espécies de acordo com o uso a ser dado à mesma, considerando, ainda, as características de adaptação a clima e solo da região em que a floresta será plantada, citando, como exemplo, algumas espécies potenciais.

Visando subsidiar o planejador quanto à escolha da espécie a ser indicada para determinado fim, ou seja, a produção de madeira ou outro produto de base florestal, segue-se uma lista de possíveis espécies, agrupadas de acordo com suas possibilidades de utilização. Muitas outras espécies poderiam ser listadas.

PRODUÇÃO DE LENHA E CARVÃO VEGETAL – E. camaldulensis, E. urophylla, C. citriodora e seus híbridos

PRODUÇÃO DE CELULOSE – E. grandis, E. urophylla, E. dunnii, E. saligna, E.urograndis, E. benthamii, Pinus taeda. Além das espécies, hoje se tem utilizado muitos híbridos de Eucalyptus, que combinam boas características de crescimento com excelentes características industriais.

DORMENTES – E. camaldulensis, E. cloeziana, C. citriodora, E. robusta, E. viminalis.

POSTES – E. camaldulensis, E. cloeziana, E. citriodora.

ESTACAS E MOIRÕES – A exemplo do que ocorre com as espécies adequadas para postes, diferentes espécies têm sido tratadas com preservativo de madeira, tornando-se ótimas para estacas e moirões, para a confecção de cercas. Mas existem espécies que mesmo sem tratamento apresentam grande durabilidade quando em contato com o solo, a exemplo de C. citriodora, C. maculata, E. paniculata.

SERRARIA – Em termos de espécies exóticas, temos: E. grandis, E. dunnii, E. saligna, E. urophylla, C. citriodora, E. robusta, Pinus taeda e Pinus elliotti.

ÓLEOS ESSÊNCIAIS – Para esta finalidade temos algumas espécies exóticas de Eucalyptus, tais como: C. citriodora, E. tereticornis, E. camaldulensis, E. smithii.

CONSTRUÇÕES – Para a construção civil, em geral, há um grande número de espécies adequadas, como por exemplo: E. camaldulensis, E. cloeziana, E. citriodora, E. viminalis, E. resinifera, E. robusta.

MÓVEIS – Das espécies exóticas adaptadas às condições brasileiras, têm sido usadas, para a fabricação de móveis, a madeira de Tectona grandis, Toona ciliata, Gmelina arborea, Grevillea robusta, Liquidambar styraciflua, Melia azedarach, Pinus caribaea, Pinus elliottii, Pinus taeda, E. saligna, Eucalyptus grandis, E. dunnii, E. camaldulensis, E. citriodora e vários dos híbridos de Eucalyptus.

PRODUçãO DE RESINA E LÁTEX – Para a obtenção de resina tem-se utilizado de espécies exóticas, como o Pinus elliottii, Pinus caribaea, o Pinus elliottii tem sido o mais produtivo, fornecendo, inclusive, uma resina de melhor qualidade. Já para a obtenção de látex tem sido utilizada a seringueira (Hevea brasiliensis).